O assédio moral constitui-se de uma exposição humilhante e constrangedora que pode acontecer por
meio de gestos, palavras e ou comportamentos, afetando a dignidade e
integridade da pessoa. O mesmo se mostra muito presente entre os professores, pais de alunos, pelos próprios alunos, até por meio dos integrantes da direção
escolar.
Levando o profissional
por certa vez a pedir até demissão, por não aguentar o clima desagradável e
desesperador. Essa situação acaba desencadeando problemas de saúde como estresse e depressão.
Os episódios mais
comuns de assédio moral dentro das escolas são: os desrespeitos,
as ameaças, os xingamentos, tratar os educadores apenas como prestadores de serviços, receber apelidos por meio dos alunos, pais e membros da equipe
pedagógica, serem chamados a atenção na frente dos outros provocando constrangimentos e além das ameaças de demissão.
Neste sentido podemos
evitar que isso ocorra com os seguintes passos:
·
Procurar não
ficar sozinho com o agressor;
Procurar apoio de colegas que já presenciaram
esse tipo de agressão;
Anotar todos os detalhes possíveis do ocorrido para uma
futura queixa;
Buscar apoio oficial, ou de sindicato, um advogado ou ministério público.
http://www.sintchospir.com.br/sintchospir/ass%C3%A9dio.htm
O que muitos não sabem é que o assédio moral é crime e pode levar até dois anos de reclusão.
Portanto, se você conhece alguém que já sofreu ou sofre com isso dê o seu apoio pois ela, pode não ter coragem de assumir isso sozinha por conta do medo, e acaba prejudicando sua saúde e toda sua vida.
http://www.sintchospir.com.br/sintchospir/ass%C3%A9dio.htm
Entrevista sobre o assédio moral:
O advogado Aparecido Inácio, especialista no assunto
e autor do livro “Assédio Moral no Mundo do Trabalho” (Editora Ideias &
Letras) deu uma entrevista ao site Exame.com respondendo a 10 perguntas e respostas, segue abaixo a entrevista:
1- Como distinguir uma bronca do chefe de um caso de
assédio moral?
“Uma simples bronca não caracteriza assédio moral”,
diz Inácio. Para se confirmar um caso de assédio moral, ofensas e agressões
devem ser constantes. “Doutrinadores apontam que o assédio moral se caracteriza
como uma ofensa, uma agressão que ocorre de maneira repetitiva e prolongada,
durante o horário de trabalho e no exercício de suas funções, transformando o
local de trabalho num lugar hostil e de tortura psicológica e que gera um dano
a personalidade”, explica.
2- Assédio moral pode ocorrer já na entrevista de
emprego?
Não, o assédio moral ocorre durante o contrato de
trabalho. “No momento da entrevista pode ocorrer uma discriminação, que é
diferente de assédio”, diz Inácio.
3- Ser alvo de piadas e risadas dos colegas ou do
chefe é assédio moral?
“Se for de maneira repetitiva e prolongada, com o
objetivo de atingir a honra e a imagem do empregado, caracteriza sim”, explica
Inácio. O especialista explica que há duas modalidades de assédio moral:
individual (contra uma pessoa), e coletivo (contra um grupo de pessoas). No
caso do assédio moral individual ele é chamado de vertical quando praticado
pelo chefe, diretor, gerente, encarregado, pelo dono da empresa ou seus
familiares contra um empregado (subordinado).
Quando praticado entre colegas de trabalho, trata-se
de assédio moral horizontal. “Neste caso, o assediador pode ser um ou vários
empregados e, entre eles, ocorre geralmente disputa por espaço por cargo ou uma
promoção, corriqueiramente do mesmo nível hierárquico”, explica Inácio. Há
ainda, de acordo com o especialista, o assédio moral ascendente. “É mais raro,
pois é praticado por um ou por um grupo de empregados contra o superior
hierárquico”, diz.
4- Quando a fofoca de corredor se transforma em caso
de assédio moral?
“Quando se torna ofensiva à honra, à imagem do
empregado ou a sua boa fama. Para isso a vítima (assediado) tem que provar que
sofreu um dano, seja ele físico ou moral”, explica Inácio. Vale destacar que
dano moral tem natureza imaterial, atinge a personalidade, a esfera íntima
afetiva e de valores de quem é atingido por ele ou mesmo seus herdeiros e
sucessores. “Abala o sentimento ocasionando dor emocional, saudade, depressão,
mágoa, tristeza, angustia, sofrimento”, diz Inácio.
5- Em que
medida ficar sem fazer nada no trabalho porque o chefe não delega tarefas é
sinônimo de sofrer assédio moral?
Sendo constante a recusa em transmitir tarefas
trata-se de assédio moral. De acordo com Inácio esta é uma das modalidades que
ocorrem com mais frequência. “Em 2006, a ministra Maria Cristina Peduzzi do
Tribunal Superior do Trabalho apontou que os fatos mais recorrentes são a
inação compulsória - quando o empregador se recusa a repassar serviço ao
empregado -, humilhações verbais por parte de superiores (inclusive com
palavras de baixo calão), coações psicológicas visando à adesão do empregado a
programas de desligamento voluntário ou à demissão”, explica Inácio.
6- O que fazer para provar que estou sofrendo assédio
moral?
“É muito importante que as vitimas de assédio moral
ajam com dupla estratégia de defesa. A primeira coisa é resistir à agressão e
às ofensas o tanto quanto possível, ganhando, assim, tempo suficiente para, em
seguida, reunir as provas indispensáveis e, logo depois, buscar a orientação de
seu sindicato ou de um advogado”, explica Inácio. Ele ressalta que reunir
provas é indispensável para conseguir vencer o processo na Justiça e obter uma
indenização. “A Justiça do Trabalho se baseia em provas convincentes que
consigam comprovar a agressão. Pode ser por meio de testemunhas, documentos,
cópias de memorandos, cds, filmes, circulares, emails. Admite-se também a
gravação da conversa, se esta se der por meio de um dos interlocutores”,
explica.
7- Qual o tipo de assédio moral mais frequente no
Brasil?
“São os mais variados”, diz Inácio. O especialista
indica que, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a criatividade
dos assediadores é grande. “Os processos que chegam à Justiça do Trabalho
buscando reparação por danos causados pelo assédio moral revelam que, em muitas
empresas, o ambiente de trabalho é um circo de horrores. Ameaças, ofensas,
sugestões humilhantes, isolamento e até agressões físicas fazem parte do
roteiro”, diz Inácio, citando nota do TST.
8- Como perceber que o assédio é sexual?
“O assédio sexual consiste na abordagem repetida de
uma pessoa a outra, com o objetivo de obter favores sexuais, por imposição de
vontade”, diz Inácio. O especialista explica alguns aspectos que diferenciam o
assédio sexual no trabalho do assédio moral. “Em relação ao assédio moral, o
assédio sexual se destaca pelos seguintes requisitos: presença do assediado
(vítima) e do assediador (agente); conduta sexual; rejeição da vítima e
repetição da conduta pelo assediador”, diz.
Para ser definido assédio sexual, diz Inácio, é
necessário que haja relação de emprego ou de hierarquia entre o assediador e a
vítima. Se o ato praticado for grave, não há a necessidade de provar-se a
repetição da conduta.
9- Quando um olhar ou uma cantada no ambiente de
trabalho se transformam em assédio sexual?
Apenas quando favores de ordem sexual são impostos
como condição clara para dar ou manter o emprego, ou usados para influir nas
promoções na carreira ou para prejudicar o rendimento profissional, humilhar,
insultar ou intimidar a vítima. Para a Organização Internacional do Trabalho –
(OIT ), o assédio sexual é definido como atos de insinuações, contatos físicos
forçados, convites impertinentes, mediante ameaça de demissão ou em troca de
uma vantagem, promoção ou contratação. “Ele pode ocorrer por intimidação ou por
chantagem”, explica Inácio.
10- Como é
possível provar na Justiça o assédio sexual?
“Os requisitos são os mesmos que ocorrem para se
provar assédio moral e geralmente dependem de prova testemunhal”, diz Inácio.
Você pode comprovar assédio sexual apresentando depoimento de testemunhas,
documentos, gravações, emails, por exemplo
Referências Bibliográficas:
http://www.sinprocampinas.org.br/noticias/artigos/assedio-moral-nas-escolas-privadas-todos-podemos-ser-vitimas/. Acesso em: 09 out. 2016.
http://www.sinprocampinas.org.br/noticias/artigos/assedio-moral-nas-escolas-privadas-todos-podemos-ser-vitimas/. Acesso em: 09 out. 2016.
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/10-perguntas-e-respostas-sobre-assedio-moral-e-sexual. Acesso em: 09 out. 2016.
Por: Adriana Lima Coelho - 14112080472
Lorrane Miguel Felicidade - 14112080451
Thais dos Santos da Silva - 14112080446
O assédio moral aumenta a cada dia nas escolas e em outros locais de trabalho, e em muitos casos as pessoas não percebem o excesso por parte dos seus superiores. Muitos que ocupam cargos de chefias se julgam altamente superiores em relação aos seus subordinados e usam de arrogância, prepotência e agressividade para determinar e impor suas ordens.Não há necessidade disso, um bom diálogo e educação não faz mal a ninguém.
ResponderExcluirPor: Patrícia Pereira Nascimento Triles