Síndrome de Burnout

A definição mais aceita sobre a síndrome de burnout fundamenta-se na perspectiva social psicológica de Maslach & Jackson. Essa considera burnout como uma reação à tensão emocional crônica por lidar excessivamente com pessoas. É um construto formado por três dimensões relacionadas, mas independentes: 
(a) exaustão emocional: caracterizada por falta de energia e entusiasmo, por sensação de esgotamento de recursos ao qual pode somar-se o sentimento de frustração e tensão nos trabalhadores, por perceberem que já não têm condições de despender mais energia para o atendimento de seu cliente ou demais pessoas, como faziam antes; 
(b) despersonalização: caracterizada pelo desenvolvimento de uma insensibilidade emocional, que faz com que o profissional trate os clientes, colegas e a organização de maneira desumanizada; 
(c) diminuição da realização pessoal no trabalho: caracterizada por uma tendência do trabalhador a auto avaliar-se de forma negativa, tornando-se infeliz e insatisfeito com seu desenvolvimento profissional, com consequente declínio no seu sentimento de competência e êxito, bem como de sua capacidade de interagir com os demais.

Burnout – palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão.

A Síndrome de Burnout caracteriza-se por manifestar no indivíduo um esgotamento emocional, redução da realização pessoal no trabalho e a despersonalização do profissional em decorrência de uma má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado, altamente estressante e com grande carga tensional.

É um problema que atinge profissionais, principalmente aqueles que têm função de cuidadores, e que lidam com pessoas. Por exemplo: profissionais da enfermagem, médicos, bombeiros, policiais, professores, entre outros.

Entre os diferentes fatores que podem comprometer a saúde do trabalhador, o ambiente de trabalho é apontado como gerador de conflito quando o indivíduo percebe a dicotomia entre o compromisso com a profissão e o sistema em que estão inseridos, destacando a indefinição do papel do profissional, a sobrecarga de trabalho e a falta de autonomia, que geram um estado de estresse crônico e consequentemente a Síndrome de Burnout.

A síndrome de burnout em professores está relacionada a violência instalada em sala de aula, a jornada de trabalho excessiva, aos baixos salários, a experiência e/ou a formação continuada deficitária.

A síndrome de Burnout afeta o ambiente educacional interferindo na obtenção dos objetivos pedagógicos pois os profissionais são levados a um processo de alienação, cinismo, apatia, problemas de saúde, além da intenção de abandonar a profissão. A qualidade da aprendizagem também é afetada.

Nessa perspectiva, tendo em vista a carga de trabalho enfrentada pelos professores, o grupo chegou ao entendimento de que, com o passar dos anos, o professor adquire um cansaço não somente físico, mas também, mental devido as inúmeras atividades enfrentadas no seu cotidiano de trabalho.

Por vezes, esse profissional, além de exercer seu papel de docente precisa encarar outros desafios diários como: Bullym no ambiente escolar, assédio moral, excesso de trabalho, cobranças de responsáveis e da própria escola... Que vão se acumulando, podendo chegar a desenvolver a Síndrome de Burnout. Infelizmente, muitas pessoas não se dão conta da seriedade deste problema que afeta muitos profissionais que lidam principalmente com pessoas e sob condições de extress diário.

É evidente portanto, que tais profissionais devem procurar ajuda, mesmo que possa ser difícil, cabe a cada um de nós também, contribuir e ter a sensibilidade de tratar melhor o próximo e ajudá-lo a enfrentar esse problema que pode ser considerar uma das doenças do atual século.

Resumo do texto referente a temática realizados pelos alunos: Márcia R. S. Batista, Marco Aurélio Venâncio de Almeida e Luane Cerqueira Reis dos Santos

Referências:

FERREIRA, Analita Barbosa. Síndrome de Burnout. In: Congresso de Iniciação Científica. 2012

PEREIRA LOPES E PÊGO, Francinara; RODRIGUES PÊGO, Delcir. Síndrome de Burnout.Rev. bras. med. trab, v. 14, n. 2, p. [171]-[176], 2016.